Nunca pedi para que
amasses, quis o teu amor.
A vida não dá trégua aos
que amam, aos amantes, aí é pior:
A vida arranca os olhos,
uma serpente vê mais que o amor,
o veneno é fichinha perto da dor.
A sorte dos alucinados é
que:
não há a dor nos olhos,
ela já está dentro em sua
linguagem,
não existe mais como interpretar,
o caminhar desse jeito é
A canção que diz tudo.
As tuas pernas andam a
zanzar à Terra desde
– Todos os homens são mortais, Simone é a bendita
culpada.
A mortalidade é uma
questão de credo
E tu és o Nada – a blusa
do budista – em frente à vida.
E todos os que morrem na
cruz para salvar a pele,
os que matam por uma
salvação,
nos prometem o impalpável.
Então, és uma mulher de
todos os séculos!
Pena que os deuses não souberam disso