sábado, 3 de novembro de 2012

Livro



                      
“Eu chamo sideração, o ensinamento de uma sabedoria,
de um amor, de uma felicidade.
Em suma, uma graça.”
Emmanuel Tugny



A vida é a merda de vida e a merda é a solução para a vida.
Depois do amor,
aqui estou a te esperar, entre a dor e a vontade de fugir, te espero...depois das vidas pousadas no nada, depois do amanhecer acordar ao som dos lábios. 
Ontem, depois daquele dia, te esperei, hoje, faço as malas, arrumo os teus cabelos, te dou uns trocados, rumo ao trem, derrubo os livros, escondo o passado, passo a chave na porta e beijo a mãe de meu amigo. Parto para o Norte.
Beijo pela última vez o retrato, digo – Agora vou...com música ou sem música....com chuva e noite desapareço no cinza.
Morro de dor, mas dou um adeus sem volta,
Um retorno sem adeus, um beijo sem cor....
E aí te pego chorando entre minhas músicas.
Saio.
Fecho a porta.
Abro o sorriso, entre a dor e o silêncio nunca esquecemos aquele livro Siderado.

Passagens

        Brassaï - Pont Neuf, Paris (1949)     “ As ruas são a morado do coletivo.” Walter Benjamin “Na praia, o homem, com os braços cru...