Minhas mãos ensanguentadas dizem
tudo, minhas mãos assassinas dizem nada, eu percorro a vida como se fosse a
morte, eu caminho em cima dos teus ombros como se fosse a última noite de
bebedeira, dos teus olhos, da tua boca sedenta, dos lábios sem dizer adeus, eu
me afundo em noites sem fim. Eu misturo fumo com a bagana, com a solidão de tua
dor, eu nunca digo que te esqueci.
Não misture dor com solidão.