sábado, 22 de outubro de 2011

Compaixão



Vejo acácia em teus olhos, um brilho, um cheiro em meus dedos,
Tuas mãos tocam a vida, o coração passa ao lado,
Entrelaçam imagens entre teus olhos,
A voz mais alta que o tom das cores.
E os seios, ah, eles escondem os acordes atonais do teu português.
Morde sílabas, brilha os teus olhos, um acorde entre tuas pernas.
O fim sempre começa em música.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Museu da Vida




Minha vida é uma vida de tudo,
é parte de outra vida que é minha.
E, portanto, toda a vida de outra minha vida
é forma de viver de mim,
a vida minha é parte da vida minha que escorre entre os dedos de minhas mãos.
E não há vida que morre,  
porque minha vida é a minha própria mão a musicar a vida.
Abrir a vida de minha vida é música.
Violoncelista Yo Yo Ma
a tocar meus olhos da vida de música. 

Passagens

        Brassaï - Pont Neuf, Paris (1949)     “ As ruas são a morado do coletivo.” Walter Benjamin “Na praia, o homem, com os braços cru...